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Perguntas e respostas sobre DIUs e Mirena

O que é o DIU?
É um pequeno dispositivo de plástico (cerca de três cm) que é envolvido parcialmente por filamentos de cobre, cobre/prata, ou que contém um hormônio (um progestágeno). Portanto, existem dois tipos: os Dius não-hormonais e os hormonais



Como agem os DIUS?
Ambos os tipos eliminam o cobre ou o hormônio dentro do útero, onde vão agir imobilizando ou destruindo os espermatozóides (ação espermicida). Os Dius hormonais também tornam o muco cervical espesso, dificultando a entrada dos espermatozóides no útero. Portanto, os Dius interferem com o processo reprodutivo antes da fecundação.

Qual é a eficácia contraceptiva dos DIUs?
Os Dius são muito eficazes para evitar gravidezes. Os Dius de cobre têm aproximadamente 99,3% de eficácia. O endoceptivo é ainda mais eficaz: 99,7%. Para efeito de comparação, a ligadura tubária é, em média, 99,6% eficaz e a pílula anticoncepcional, na prática, pode falhar até em 6% das vezes; devido a esquecimentos, uso inadequado ou interação com outros medicamentos.

Quanto tempo dura o Dispositivo Intra-uterino depois de inserido?
Existem diversos modelos de DIUs de cobre e cobre/prata: nesses, a duração varia entre cinco e 10 anos. O DIU Mirena já foi autorizado nos EUA e Europa para uso em até 8 anos para contracepção e 5 anos para tratamento de distúrbios menstruais. 

Todas as mulheres podem usar o Dispositivo Intra-uterino?
Não existe método que sirva para todas as mulheres, daí a vantagem de se ter várias opções de contracepção. O Dispositivo Intra-uterino é especialmente indicado para mulheres tenham um relacionamento estável, desejem um método prático, com alta eficácia, de longa duração e que tenha um bom custo/benefício.
As mulheres usam o DIU por mais tempo do que qualquer outro método contraceptivo reversível, mostrando a sua grande aceitabilidade.

Uma mulher sem filhos pode colocar o Dispositivo Intra-uterino?
Pode. A nuliparidade não é considerada contra-indicação para o uso do Dispositivo Intra-uterino, e inclusive existem modelos mais indicados para este caso. 

O Dispositivo Intra-uterino pode ser usado na lactação?
As mulheres lactantes são excelentes candidatas ao uso do Dispositivo Intra-uterino porque os mesmos não têm efeito no organismo, não afetando a produção do leite. O período mais adequado para se inserir o DIU é entre 30 e 42 dias após o parto, devido a sua facilidade e à impossibilidade de ter havido uma gravidez nesta fase. Outra vantagem é que, após o período de lactação, o dispositivo não precisa ser trocado, continuando a agir com eficácia. Os DIUs hormonais também podem ser usados neste período.

Quais são os principais efeitos colaterais causados pelos DIUs?
Os DIUs de cobre podem aumentar o sangramento menstrual, principalmente nos primeiros meses de uso. Depois desse período, este aumento é geralmente aceitável e, se necessário, pode ser controlado com medicamentos. Podem ocorrer também cólicas menstruais, as quais são geralmente discretas.
Os DIUs hormonais costumam diminuir bastante o sangramento menstrual das usuárias e uma boa porcentagem pode até parar de menstruar. As cólicas menstruais também melhoram acentuadamente com o uso desses modelos.

O DIU pode eventualmente sair do lugar dentro do útero ou ser expulsos. A perfuração uterina é extremamente rara.

Os Dius podem ser usados na pré-menopausa?
Não há nenhum impedimento para o uso de DIU devido a esta condição. As mulheres acima de 40 anos podem ser ótimas candidatas ao uso do DIU, o qual geralmente poderá durar até a menopausa. Os DIUs hormonais têm sido utilizado como coadjuvante na terapia de reposição hormonal da menopausa.

Quais são as contra-indicações para o uso do DIU?
Como todo medicamento ou produto para uso no ser humano, os DIUs de cobre e cobre/prata podem ser inadequados para serem usados em determinadas condições. As principais são: 

Doença inflamatória pélvica, 
Exposição aumentada ao risco de doenças sexualmente transmissíveis,
AIDS, 
Miomas que distorçam a cavidade uterina, 
Sangramento vaginal suspeito, 
câncer do colo do útero e do endométrio,
Malformações uterinas e estreitamento do canal do colo uterino, 
Antecedentes de gravidez ectópica, 
Tuberculose pélvica. 

Já os DIUs hormonais podem ser usados em vários casos em que há contra-indicação para os DIUs não-hormonais. Um exemplo é o aumento do sangramento menstrual e dismenorreia (cólicas menstruais). 
Discuta as possíveis contra-indicações com seu médico.

O DIU pode ser utilizado em doenças sistêmicas?
Existe uma série de doenças ou condições pessoais que contra-indicam diversos métodos, mas não impede o uso de DIUs. Exemplos: doenças da tireóide, diabetes, pressão alta, doenças do fígado, cálculo biliar, HIV +, distúrbios neurológicos e psiquiátricos, doenças valvulares cardíacas, infarto do miocárdio, varizes, trombose nas pernas, obesidade e fumo.

Quando o DIU ou o endoceptivo Mirena podem ser inseridos?
    No pós-aborto
    No pós-parto (de preferência entre 30 e 42 dias do parto)
    No período menstrual ou em qualquer momento do ciclo, caso o colo seja permeável e existam indícios seguros de que a mulher não esteja grávida.

A inserção é geralmente bem tolerada pela mulher e dura poucos minutos. Eventualmente o médico pode recomendar um analgésico para uso momentos antes da inserção, uma anestesia local e eventualmente uma sedação.

Quando o DIU pode ser retirado?

O DIU deve ser retirado sempre que a mulher desejar, se venceu a validade ou se a usuária apresenta algum efeito colateral ou complicação. A retirada geralmente é um procedimento simples e rápido e pode ser feita em qualquer época do ciclo.

Quais as principais vantagens dos DIUs?

O DIU é um dos melhores métodos contraceptivos existentes. Existem mais de 120 milhões de mulheres usuárias em todo o mundo e este número não para de crescer. O Mirena já tem mais de 10 milhões de usuárias. As principais vantagens são:

    Baixo custo, mesmo os DIUs hormonais, considerando-se o tempo de uso
    Prático - a usuária não precisa fazer nada para o método funcionar
    Eficaz - em geral tem eficácia acima de 99%
    Durável – pode permanecer entre cinco e 10 anos dentro do útero

    Os Dius de cobre e cobre/prata não têm nenhuma ação sistêmica (no      organismo), portanto, não causam dor de cabeça, manchas no rosto, aumento de peso, etc. 

   Os Dius hormonais têm um efeito sistêmico mínimo.

    Podem ser utilizados na lactação e na pré-menopausa
    Retorno rápido à fertilidade após a remoção
    Não interfere na relação sexual

Qual o melhor DIU de cobre para quem não tem filhos?

Os DIUs de cobre foram desenvolvidos na década de 70 e evoluíram muito com o decorrer do tempo. Todos têm como característica a alta eficácia e a praticidade, ou seja, coloque e esqueça. A usuária não precisa ficar se preocupando com tomadas diárias das pílulas, com interação medicamentosa, com efeitos de hormônios, com aumento de peso, etc. O DIU está colocado e pronto. Tem longa duração e exige uma manutenção mínima, com revisões anuais, exceto no primeiro ano de uso. Devido a estas qualidades os DIUs de cobre têm sido cada vez mais indicados pelos médicos e procurados por mulheres que não têm filhos (nulíparas). No entanto, existem vários modelos de DIU de cobre. Qual o melhor para as nulíparas?

Dius de cobre/prata Mini
Ômega 375 ou Comfort 375 Mini




Não aconselhamos o T de cobre 380 A, que é o DIU mais usado no Brasil e no mundo. Tem uma duração de 10 anos e tem uma ótima eficácia contraceptiva (como todos outros) de mais de 99%. É um DIU excepcional, mas não é o ideal para quem não tem filhos (nulíparas). Observem o tamanho da haste vertical: 36 mm.  É maior do que o comprimento da cavidade uterina de muitas nulíparas. Ou seja; não cabe. Tem mais chances de dar mais efeitos colaterais, tais como; cólicas e hemorragias.

O Ômega ou similares Mini têm como característica uma menor taxa de expulsão e sangramentos, devido ao formato. Têm hastes verticais de apenas 28 mm. Têm uma duração de cinco anos. 






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